terça-feira, 1 de abril de 2014

TOC, TOC, TOC

Sou da teoria que todo mundo tem um TOC. Os mais famosos talvez sejam os do cantor Roberto Carlos, mas se fizermos uma análise profunda acharemos vários pequenos TOCs nas profundezas do íntimo. Um dos meus TOCs prediletos é coleção de livros. Ver uma coleção incompleta incomoda e só existem dois caminhos possíveis: ou me desfaço da coleção ou tento achar os volumes que faltam.

Quando eu estava no final da infância ou início da adolescência o meu irmão número 4 costumava trazer para a casa uns pequenos livretos destinados à Escola Bíblica Dominical da Igreja Batista que ele frequentava. Cada capítulo do livreto era objeto de estudo de um encontro dominical da escola bíblica e a cada trimestre novos livretos chegavam. Os que chegavam às minhas mãos eram os livretos antigos, que provavelmente seriam descartados, mas úteis e interessantes. Numa segunda oportunidade, no meio da adolescência, eu recebi novas publicações graças a um amigo.




Dentro dos livretos sempre vinha na folha central a propaganda dos livros da editora JUERP e eu descobri que existia uma bela e onerosa coleção chamada “Comentário Bíblico Broadman”. Era linda, sóbria, imponente como um comentário bíblico deve ser. Doze volumes em capa dura marrom, com letras douradas em Times New Roman. Uma coisa de louco, amor à primeira vista. Só faltava o oniausente dinheiro.




Anos depois, adulto e trabalhando, eu voltei a me interessar pelo cristianismo e frequentava, em busca de um voo solo pelo conhecimento, as livrarias que a própria JUERP à época mantinha no centro do Rio de Janeiro e na Praça da Bandeira e vi volumes avulsos do Comentário Bíblico Broadman  vendidos a preço de banana. Começa uma busca que até hoje não terminou.

Hoje eu tenho os volumes  1 a 3 e 8 a 12. Ou seja, da Bíblia Evangélica, com menos livros que a Católica, eu tenho comentado de Gênesis a Neemias e todo o Novo Testamento.  Vitória do TOC. Por hora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário