Quem vive da produção de textos deve se preocupar muito em busca da palavra exata para exprimir corretamente o que está pensando. Quem é profissional também deve procurar usar as palavras exatas do seu ofício. É básico, mas parece que não.
A moda agora é fazer a palavra "empatia" ser sinônimo de "identificação", "afinidade" ou até mesmo "rolar uma química", como dizia a Bruna Surfistinha no seu antigo blog. Empatia é um termo usado em psicologia, é a "tendência para sentir o que sentiria caso estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa" (Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa).
Ontem, 07-08-2011, na coluna do Ancelmo Góis do Jornal "O Globo", o autor de novelas Ricardo Linhares usou a palavra empatia para comentar a afinidade que uma atriz novata desenvolveu com o público. Outro dia a psicóloga da escola da minha filha também usou a palavra para explanar o mesmo pensamento.
"Ela é linda e carismática. Foi uma grata revelação. Rolou empatia imediata com o público jovem" (Ricardo Linhares, segundo Ancelmo Gois, jornal O Globo do dia 07-08-2011, p. 26).
Nestas horas me sinto um idiota quando passo horas com a minha pedagoga predileta debatendo se eu usei neste blog o verbo haver de forma correta.
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