segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tropa de Elite 2 vai para os EUA ganhar experiência

Deixe de patriotismo oco: Tropa de Elite 2 não tem a mínima chance de levar o Oscar. O que aconteceu é que eles querem corrigir um erro grave do passado que foi o descaso com o Tropa de Elite na indicação para o Oscar com um outro erro.

Tropa de Elite tinha humor e tensão. Era uma interessante montranha russa de emoções que tinha tudo para levar a estatueta de melhor filme estrangeiro. Tropa de Elite 2 é totalmente tenso e pessimista, não há praticamente humor e as referências escancaradas às pessoas reais se perdem quando um gringo que pouco sabe do Brasil aprecia o filme.

Sem chance. Tropa de Elite 2 é para "clientes" brasileiros, mas se eu fosse palestrante da área de gestão mostraria as últimas cenas de Tropa de Elite 2 e promoveria um acalorado debate. Repare que, no final, quem fica com a lancha, o controle da organização criminosa e as mulheres é o Tenente-Coronel Fábio Barbosa, personagem de Milhem Cortaz, o PM mais inseguro e medroso de todos!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Barcelona & Paris (2005)

Só pensa naquilo

Você é Cristão? Quer fazer uma experiência comigo? Então vamos lá! Pense nos últimos eventos que você participou da sua religião. Agora reflita quantas vezes o sacerdote falou em pecado sexual (adultério, prostituição, homossexualismo etc.). É bem provável que você relembre de diversas falas dele sobre este assunto. Este fenômeno da preocupação excessiva com o pecado sexual é antigo, mas nunca presenciei ninguém comentar sobre isto.

Conte agora quantas vezes o mesmo sacerdote do parágrafo anterior falou em pecados no local de trabalho e compare as duas contagens. O resultado da minha totalização foi assustador, como também foi assustador o resultado relatado pelas pessoas que eu fiz este desafio. Muitas responderam que o sacerdote nunca tocou no assunto "ambiente de trabalho".

As pessoas fazem sexo menos de duas vezes por semana, porém trabalham de segunda a sexta ou de segunda a sábado. Se esta proporção fosse seguida pelos sacerdotes cristãos na hora de definirem os assuntos dos discursos, talvez não encontrássemos tanta gente reclamando do local onde trabalha.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cada louco com a sua mania

Eu tenho uma característica engraçada: eventualmente eu esqueço uma palavra, mas lembro a primeira letra ou (mais raramente) as primeiras letras da palavra esquecida. A partir da primeira letra eu fico forçando a memória para lembrar da palavra toda.

Atualmente eu estou tentando lembrar de uma empresa norte-americana que fabrica suporte de baterias tipo moeda. É Key...

Tio Google ajudou: Keystone e o que ela fabrica tem o lindo nome de "coin cell battery holders".

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Cultura doméstica

Existe uma cultura que não é citada nos jornais. É a cultura doméstica, familiar, oculta, silenciosa que vem dos hábitos e das crenças dos pais. É algo muito instintivo e pouco teorizado.

O pai da amiga da Mariah é engenheiro como eu, só que o pai dele nunca teve patrão. O pai da amiga da Mariah na primeira oportunidade abriu uma pequena empresa e não tem patrão.

Mas, se for bom para ambas as partes, não há nada de errado em ter patrão, não é mesmo? Meu pai era anterior à CLT e tinha estabilidade numa empresa privada. Buscava estabilidade e segurança. Dos seis filhos que ele teve, cinco trabalham para o governo direta (Poder Executivo) ou indiretamente (estatais).

Concluo que o seio familiar do Trotta incentivou-o a empreender enquanto os meus pais valorizavam a segurança e a estabilidade.

Os tempos mudam e novos cenários surgem. Certamente a Mariah vai pegar um mercado de trabalho bem diferente do meu e eu não sei se o que foi bom para mim será o melhor para ela. Provavelmente não.

Largo do Machado

Ontem deixamos a Mariah na escola e corremos para o cinema. No Museu da República há uma pequena sala de projeção e compartilhamos o filme com mais umas seis pessoas. Era Meia Noite em Paris, do Woody Allen. Foi a primeira vez que eu fui ao cinema ver uma obra do Allen. Eu tenho um irmão que era apaixonado pelos filmes dele, e vi alguns daquela fase que ele ainda atuava e era basicamente humor. Depois Allen foi migrando para a direção e para filmes mais sofisticados que Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar, onde ele se veste de espermatozóide.

Mas o filme foi ótimo. Adoramos e entendemos porque o Lucio, meu irmão, adora o Woody Allen, embora a obra tenha muita semelhança com A Rosa Púrpura do Cairo, que eu não vi todo.  A missão agora é alugar o DVD de Match Point.