Existe uma cultura que não é citada nos jornais. É a cultura doméstica, familiar, oculta, silenciosa que vem dos hábitos e das crenças dos pais. É algo muito instintivo e pouco teorizado.
O pai da amiga da Mariah é engenheiro como eu, só que o pai dele nunca teve patrão. O pai da amiga da Mariah na primeira oportunidade abriu uma pequena empresa e não tem patrão.
Mas, se for bom para ambas as partes, não há nada de errado em ter patrão, não é mesmo? Meu pai era anterior à CLT e tinha estabilidade numa empresa privada. Buscava estabilidade e segurança. Dos seis filhos que ele teve, cinco trabalham para o governo direta (Poder Executivo) ou indiretamente (estatais).
Concluo que o seio familiar do Trotta incentivou-o a empreender enquanto os meus pais valorizavam a segurança e a estabilidade.
Os tempos mudam e novos cenários surgem. Certamente a Mariah vai pegar um mercado de trabalho bem diferente do meu e eu não sei se o que foi bom para mim será o melhor para ela. Provavelmente não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário