A derrota republicana mostra claramente a latinização dos Estados Unidos. Está nos mapas de apuração: quem elegeu o Obama foram os descendentes de latinos não-cubanos. A mensagem e a ideologia dos republicanos espelham uma colonização britânica e protestante. A cultura latina espelha uma colonização ibérica e católica. Como diria a Bruna Surfistinha, não iria rolar uma química mesmo. A maior prova deste fato é que, por aqui, até jornalista de direita torce por Obama.
O republicano prega o Estado mínimo, o latino quer que o Estado cuide dele. O republicano quer tirar impostos das empresas e dos ricos, o latino não liga se aumentarem os impostos, desde que ele não pague a conta. O republicano acha que fábricas falidas e mal administradas devem quebrar, o latino acredita numa relação afetuosa com as empresas e o apoio do BNDES à indústria nacional. O republicano acredita na impessoalidade e no mérito, o latino ama as relações pessoais e a influência em benefício próprio. O republicano é individualista, mas respeita os direitos coletivos, o latino diz que os outros é que são egoístas e faz este discurso enquanto suja as ruas, coloca som alto e muito mais.
Os EUA é uma terra de imigrantes: ingleses, irlandeses, italianos, indianos, judeus, portugueses. Todos se adaptaram relativamente bem à cultura norte-americana. O latino está conseguindo mudar o país por meio do voto silencioso.
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