quarta-feira, 19 de junho de 2013

Private Equity de Pobre

"Rosane revela que o pai gostava daquilo, era algo que o estimulava: "Ele pegava uma empresa desestruturada, estruturava e passava adiante. Depois, buscava outro desafio. E assim foi crescendo, crescendo..." " (1).

Em poucas linhas a filha de Jacob Barata sintetizou uma estratégia tão antiga quanto eficaz que deu muito dinheiro ao seu pai: comprar uma empresa mal administrada, mas com potencial, dar um choque de boa gestão e vendê-la com lucro.

É fato que ficamos mal acostumados. Desde a queda dos juros a classe média olha para todos os lados em busca de investimento seguro e com baixo risco que pague 6% ao ano acima da inflação. Não vai encontrar. O cenário mudou e quem peceber antes tem mais chances de achar ótimas oportunidades.

Comprar empresas pequenas, no Brasil, não é fácil. Ao contrário das sociedades anônimas, os resultados não são públicos e é mais difícil levantar os dados contábeis e administrativos. Normalmente não há, também, informações claras sobre a clientela, potencial de crescimento e plano de negócios. É um tiro numa sala muito mais escura, inclusive no valor do negócio.

A vantagem é que você não vai começar do início, não terá que esperar meses até o empreendimento começar a deslanchar, pois já existe clientela e fluxo de caixa.

É um negócio que envolve risco, coragem e preferencialmente sócios confiáveis. Sugiro concentrar-se em um tipo de empresa para, em médio prazo, diminuir os riscos por meio de especialização e conhecimento do ramo. Vejo com bons olhos pequenas lojas de material de construção e ferragens, padarias, pequenos mercados, serviços baratos que facilitem a vida da mulher que trabalha como reparos domésticos e manutenção do lar, pet shops e cuidado com idosos.

Boa sorte!

(1) http://www.milbus.com.br/revista_portal/revista_cont.asp?1448

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