sexta-feira, 22 de junho de 2012

A dificuldade esquecida

Mariah gosta muito de brincar de escola comigo. Ela é a professora e eu sou o aluno. Na brincadeira um caderno é sempre utilizado e por isto eu comprei um tipo universitário por R$ 6 e dei para ela desenhar e ela também tenta escrever alguma coisa. Ontem a última folha em branco foi preenchida com os nobres rabiscos. Ela pediu então um novo, mas quadriculado. Achei uma boa ideia para ajudá-la a treinar a escrita. O simples fato do caderno ter as folhas quadriculadas o fez dobrar de preço.

Como passou muito tempo, nós esquecemos o quanto é difícil aprender a ler e a escrever. O cérebro e o corpo são tremendamente exigidos e eu, pai coruja, fico num misto de pena e fascinação acompanhando o desenvolvimento da minha filha. Como pode uma peça tão importante na nossa sociedade quanto o professor do ensino fundamental ser tão mal remunerado e tão desvalorizado?

Cada país tem a sociedade que merece.

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