terça-feira, 3 de abril de 2012

Momento Diogo Mainardi

Quando uma pessoa diz que vai comprar um ar condicionado novo quase sempre ela suspira e diz, num murmúrio de prazer: split.

É curioso como o citoyen quer comprar um equipamento que ele não tem a mínima noção de como é e como funciona. O meu irmão achava que split era só a parte interna e levou um susto quando eu falei que existia uma unidade condensadora, aquela trolha que fica do lado de fora. Acho que o povo vê o dividido nos consultórios de conveniados da UNIMED e acha o máximo, até porque médico entende das coisas! De pâncreas a splits.

Uma instalação de qualidade de um split pode sair mais caro que o próprio aparelho.

A maioria dos splits operam em 220V, exigindo alterações nas instalações elétricas da maioria das residências.

A limpeza e higienização corretas de um split exigem a retirada do evaporador da parede e inclui remover o gás, executar a limpeza, usar bomba de vácuo durante um bom tempo na tubulação para retirar toda a umidade do sistema e instalá-lo novamente. O ideal é realizar este procedimento anualmente. Ah, tem que limpar a unidade condensadora, também.

Alguma vez na vida você já viu alguém fazer a higienização de um split do jeito que eu mostrei acima? Sua alergia também não.

Então a questão não é técnica, porque o split só é recomendado onde não é possível a instalação do modelo convencional. A escolha de um split deriva de influència, propaganda, apelo pelo "moderno" e beleza. Beleza? Splits são feios para diabo! Já reparou como é horrível um prédio cheio de splits pendurados na fachada? Bingo! O brasileiro está preocupdo com a beleza interna do quarto ou do consultório. Que se ferre o mundo exterior. Com isso o Rio de Janeiro vai ficando ainda mais feio.

Mas é esta a essência do Brasileiro: um ser egoista, individualista, descompromissado com o coletivo.

Tome agora um outro exemplo: o que você faz com a sua lâmpada fluorescente quando ela queima? Joga no lixo, provavelmente. Toda lâmpada fluorescente, inclusive as chamadas "eletrônicas", usam mercúrio na sua composição, um metal altamente tóxico. Como o custo de reciclar é mais caro que o lucro com venda do material reciclado, ninguém recicla. Só que nesta conta não é considerado os danos ao meio ambiente que, no final, todos pagam.

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