segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eu odeio o Chacrinha

Sábado a minha esposa, passando pelos canais, parou no Viva, pois estava reprisando o programa do Chacrinha e o conjunto nos chamou a atenção. Não foi possível descobrir a data exata do programa, mas a Sarajane mandando abrir a rodinha indicava algo em torno de 1986 ou 1987.

A qualidade da imagem estava perfeita, parecia que o programa tinha sido gravado ontem. A Globo realmente tem um sistema de gerenciamento e principalmente conservação de arquivos excelente. Basta comparar com as novelas da Rede Manchete que o SBT comprou para comprovar o quanto é difícil e caro conservar uma mídia magnética. (Pode-se argumentar que a Rede Manchete, uma vez falida, não conservou as suas fitas de forma adequada por anos, mas eu duvido que um programa com mais de 20 anos de armazenamento na mão da Record, Rede TV! ou menos SBT mantenha uma qualidade de imagem tão boa).

Tecnicamente, é mais fácil conservar o áudio das fitas que o vídeo. O vídeo é mais sensível e o olho humano menos tolerante que o ouvido, entretanto a despeito da imagem ótima, o som estava ruim, difícultando ouvir os playbacks. Não ouvi nada além de playback.

Mas eu sempre odiei o trabalho do Chacrinha e argumentar que ele é copiado até hoje é uma verdade que só denigre a televisão brasileira. O programa "Cassino do Chacrinha" era de um mal gosto atroz e não passaria imune à marcação dura dos politicamente corretos atuais.

Sarajane se apresentava com um top solto em baixo e sem sutiã, a toda hora quase mostrava os peitos.


SETENV momento_tarado ON

É evidente que foto da Playboy é sempre suspeita de Photoshop mesmo antes do Photoshop, mas a princípio ela tinha uma bundinha maneira...




SETENV momento_tarado OFF

Paulo Cesar Grande foi entrevistado com um blusão branco um pouco transparente com um maço de cigarros no bolso.


Paulo Cesar Grande já teve cabelos. Uma verdadeira pornografia!

A técnica da Globo de aproveitar quem se destaca nas novelas ou programas de humor para ir nos programas de auditório é velha, não foi inventada pela produção do Fausto Silva.

As dançarinas usavam um maiô todo enterrado e, quando a câmera se aproximava da vagina de uma delas, esta fazia movimentos obsenos.




O cenário fazia referência ao clássico jogo da roleta

O público que formava a plateia era basicamente de estudantes uniformizados. Os uniformes do município do Rio de Janeiro indicavam que eram alunos de primeiro grau, a maioria menores de 15 anos porque a prefeitura do Rio não tem escola de segundo grau.

Chacrinha jogava na platéia os famosos "vegetais de duplo sentido" que o Casseta e Planeta tanto comentava, como pepinos e mandiocas.

Mas a maior afronta foi mesmo o Lobão de barba feita, impecável, com blusa branca cantando playback de "Vida Louca Vida".

Tudo isso nas tardes de sábado dos anos 80. Que descanse em paz, anos 80.

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