domingo, 22 de maio de 2011

A saga de Vigário Geral.

Ontem fomos fazer um passeio diferente. Há tempos falam de uma rua em Vigário Geral (eu consideraria aquilo Jardim América ou Parada de Lucas, mas tudo bem) que tinha algumas lojas de decoração. Luiza adora decoração e eu passei a curtir com ela.

Mas a história estava quase se aproximando da lenda de Atlântida. Algumas pessoas disseram que foram, e que "era molinho chegar lá", mas não explicavam direito, nem sabiam o nome da rua nem tampouco dizer em qual o lado da avenida Brail ficava. Assim não há navegador GPS que resolva.

Mas se existe uma coisa na vida que quase sempre funciona é a persistência. Luiza mobilizou meia Tijuca e a luz apareceu no Rei do Mate. A sub-gerente - sim, franquia do Rei do Mate tem sub-gerente - é esposa de um taxista que prometeu um dia ver o nome da rua. Eis que quarta-feira ele apareceu com a informação cuidadosamente escrita na primeira página de uma edição do Meia Hora. Na quinta-feira eu taquei o nome no Google Maps e constatamos a existência de Atlântida.

http://maps.google.com/maps/place?ftid=0x997b2237a1f225:0x646fd541a3cae41f&q=Rua+Izidro+Rocha,+Rio+de+Janeiro,+Brasil&hl=pt-BR&ved=0CA4Q-gswAA&sa=X&ei=p8LZTYKlF6TqzgWMysmlBQ

Sábado, 08:30h, a família Trololó embarcou para Vigário Geral, com escala no Engenho Novo para pegar uma amiga que estava fazendo fisioterapia no hospital que a minha mãe morreu, em 2006. Pegamos Mariah na cama e queríamos que ela continuasse dormindo na cadeirinha de bebê do carro, mas ela despertou e não dormiu. Chegamos no nosso primeiro destino do dia por volta das 09:30h e Mariah ainda estava de pijama. O enxame de flanelinhas era um indício que a coisa era boa. Como todo típico subúrbio quase Baixada Fluminense, os carros estacionavam na calçada e os carrinhos de bebê migravam para o meio da rua, aguardando um acidente com morte. Os moradores da rua entraram no clima e muitos vendiam comida e bebida, concorrendo com os chineses, que adoram comprar lanchonetes.

As lojas de decoração eram na verdade uma babel. Vendiam de tudo, inclusive itens de decoração. Parecia um sumário da SAARA, no centro do Rio de Janeiro, com preços até um pouco maiores. Mas uma loja grande, que vendia espelhos emoldurados, porta-retratos e molduras tinha preços ótimos. Ficamos loucos porque temos muitos posters e gravuras para emoldurar e quem sabe alguma moldura padrão não serve? Marcamos de voltar nos próximos 15 ou 21 dias.

Como não podia deixar de ser, fomos depois para a boquinha, a melhor hora do dia para um autêntico E66.8: o almoço. Convenci a Luiza a aceitar a CADEG no seu coração. Depois do orgasminho das lojas de Vigário Geral, não havia muito espaço matrimonial para negar. Como tudo converge contra quando o dia começa perfeito, a CADEG estava lotada e foi difícil achar mesa. A garçonete disse que naquele dia três funcionários faltaram e esperamos mais de uma hora e meia pelo nosso prato. Tudo bem, no final o dia ganhou nota 8,5.

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